ECOS DO PASSADO : IRAQUE

                                     
                                    
                                         EM NOME DA LIBERDADE 

No dia 19 de marco de 2003 os EUA invadiram o Iraque para destruir "armas de destruição em massa", que nunca existiram ,e combater o terrorismo dentro de um país que não tinha nenhuma relação com o atentado ás Torres Gêmeas.


O então subsecretário de Defesa dos Estados Unidos  Paul Wolfowitz disse que ao invadir o Iraque os "soldados americanos seriam recebidos como libertadores" e que o dinheiro do petróleo iraquiano pagaria a reconstrução da devastação provocada pela guerra.
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O Vice-presidente Dick Cheney disse que o esforço militar levaria "semanas e não meses".    E o assistente do secretário de Defesa Ken Adelman, disse  que "libertar o Iraque será um passeio".


Oito anos depois, os registros da tragédia humana impressionam.


Mais de 4.400 americanos morreram e 32.000 ficaram feridos como resultado da invasão e ocupação do Iraque. Quantidade bem maior que os 3.000 mortos no atentado de 11 de setembro ás Torres Gemeas usado como justificativa para a guerra. 
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No segundo ano consecutivo á invasão 2.010 soldados cometeram suicídio ( numero maior que os mortos em combate até o 2º ano de guerra),em decorrencia de  stress traumático pós guerra dos ex-combatentes, que não conseguiam viver com as lembranças das atrocidades cometidas contra crianças, mulheres e idosos civis desarmados que deveriam "proteger"

Mas as pessoas que mais sofreram as consequencias do "passeio americano no Iraque" foi a população civil iraquiana.

A  invasão que Jeffrey Goldberg, responsável pelo marketing oficial da Casa Branca, seria "um ato de libertação" e de "moralidade profunda" matou um numero impressionante daqueles que os EUA e seus aliados foram libertar.

Segundo a organização Iraq Body Count (IBC)a invasão do Iraque pelo exercito dos Estados Unidos foi responsável direta pela morte violenta de  99.900 civis iraquianos.

Mas isso é uma estimativa conservadora, baseada em grande parte sobre as mortes relatadas na mídia ocidental, uma abordagem ligada ao subregistro do número de mortos desde a invasão.

O Wiki Leaks revelou que o governo dos EUA encobriu as mortes violentas de mais de 15.000 civis iraquianos ,a maioria crianças nos primeiros dias do ataque a Bagdá.

Um estudo realizado em 2006  por pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, publicado na revista médica The Lancet constatou que, em pouco mais de três anos, houve 654.965 "mortes de iraquianos em consequencia dos excessos da guerra",  a taxa de mortalidade  no Iraque mais do que duplicou devido aos tiroteios.

Estudo feito  pela empresa de pesquisas britânica Opinion Research Business em 2008 estima que "mais de 1.000.000 ( um milhão) de cidadãos iraquianos morreram em conseqüência do conflito que começou em 2003" que tinha o objetivo de "libertar" o povo iraquiano e que destruiu toda infra-estrutura do país prejudicando a distribuição de alimentos remédios e agua e deixando milhões de crianças sem escola.

No Iraque como na Líbia os EUA usaram o mesmo  e surrado discurso . Serão usados os mesmos métodos e alcançados os mesmos resultados?


A ONU aprovou uma resolução pela "exclusão do espaço aéreo" na Líbia. Significa que a autorização se limita a autorizar que as forças de coalizão impediram aviões de Kadafhi de sobrevoar aquele espaço . A resolução não falou de invasão por terra.


Alguem tem dúvidas que os "aliados" vão invadir por terra para garantir o controle dos poços de petroleo?


Já vimos este filme antes muitos lembrar daquela propaganda de uma famosa vodka de nome "Orlof" com um jargão que ficou conhecido " Eu sou você,amanhã!"