sábado, setembro 28, 2013

DUQUE DE CAXIAS X EDUARDO CAMPOS (PSB)

           SAINDO DO PSB :  ALEXANDRE CARDOSO E "A ESCOLHA DE SOFIA"




O Presidente nacional do PSB Eduardo Campos impôs ao prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso, o papel de "Sofia", no drama em que uma mãe polonesa, filha de pai anti-semita, presa num campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial, é forçada por um soldado nazista a escolher um de seus dois filhos para ser morto.  Se ela se recusasse a escolher um, ambos seriam mortos. 

No caso do prefeito é escolher entre os interesses do governador de Pernambuco, de quem Alexandre Cardoso tem sido fiel correligionário por mais de 20 anos, ou ficar com os interesses da população de Duque de Caxias.

Incorporando o papel do soldado nazista, o presidente nacional do PSB, no mais autentico estilo dos "coronéis de engenho" - lendários mandatários do sertão pernambucano - exige que o prefeito atenda suas pretensões politicas ( não discutiu sua candidatura a presidência com as bases do partido), propondo isolar politica e administrativamente o município de quase um milhão de habitantes, mergulhado em crise orçamentária, com 96% de sua receita comprometida com despesas de custeio, consequências de gestões ruinosas anteriores, inscrito no CADIN (Cadastro de Inadimplentes do Tesouro Nacional) uma espécie de "SERASA" das prefeituras que não cumpriram suas obrigações financeiras com a União. 

No quadro de despesas e receitas de Duque de Caxiasn sobram menos de 4% do orçamento para investimentos, a folha de pessoal, sobrecarregada, está nos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal.   Não obstante Alexandre Cardoso ter herdado uma cidade em situação de pré-falência que o obriga a adotar posturas impopulares para resgatar sua capacidade de investimentos, os municípios brasileiros, como um todo, sofrem com uma série de desonerações tributárias que geraram impactos negativos em suas receitas. Um exemplo claro é a redução do IPVA para estimular a venda de carros, que, de tabela, aprofundam o caos e a irracionalidade da mobilidade urbana nas cidades, além de subtrair 50% do valor deste imposto dos cofres municipais.  

Vivendo um quadro fiscal-tributário de configuração perversa, que fragilizou receitas municipais, transformado as cidades em muros de contenção social, com parcos recursos e a solução das demandas de seus cidadãos inadiáveis, só resta ao gestor público responsável buscar parceria governamental, para ficar ao lado dos interesses de sua cidade.

O prefeito da cidade - estado de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso, não "olhou para seu umbigo", olhou para 1 milhão de umbigos duque-caxienses, habitantes da cidade que administra, quando optou em manter uma aliança politico-administrativa e eleitoral com o governador e com a presidente da república, visando garantir investimentos na cidade que administra.  Sua opção celebrou um convênio garantindo aporte de recursos federais e um programa prefeitura/estado que vai beneficiar milhares de moradores do 2º, 3º e 4º Distritos com o asfaltamento de centenas de ruas, conclusão da duplicação da Av. Leonel Brizola ( antiga Pres. Kennedy) além de implantação de vários projetos que vão garantir o desenvolvimento econômico e social do município. 

Mais contundente resposta da posição de consolidar uma parceria com os governos estaduais e federal, adotada pelo prefeito, é o início do processo que vai resolver definitivamente o problema do fornecimento da água em Duque de Caxias.

É o velho ditado " farinha pouca meu pirão primeiro". Primeiro os interesses de Duque de Caxias.

A diferença é que o prefeito de Duque de Caxias, de forma pragmática,  busca o "pirão" para o conjunto dos moradores de sua cidade.


Não foi isso que Eduardo Campos fez ao apoiar o roubo institucional dos royalties do petróleo de nosso estado?

Não foi pragmático, "arrumando  sua casa" em parceria com o governo federal?   Por oito anos o governador de Pernambuco usou a "mamadeira" do tesouro nacional para irrigar seu estado com dinheiro público, alavancando sua popularidade ás custas da boa vontade do ex presidente Lula a da atual presidente Dilma, que bancaram  dezenas de projetos estruturadores em território pernambucano. 

Agora quer impor à população de Duque de Caxias o sacrifício do isolamento politico, da estagnação econômica, do retrocesso para atender seu projeto e de seus companheiros de aventura?  

Com a intervenção na executiva regional do PSB do Estado do Rio de Janeiro, Eduardo Campos mostra ao que veio, revelando ao eleitor do Rio de Janeiro sua face autoritária, jogando fora a roupagem de "esquerda socialista", ostentados em discursos que suas práticas desmentiram.  Buscou uma aliança espúria com a direita "neo liberal" namorando com o PSDB e o DEM, de Ronaldo Caiado, - festejado presidente da UDR (União Democrática Ruralista) - inimigo histórico dos princípios defendidos por seu avô, que hoje deve estar se revirando, de vergonha, no túmulo diante do festival de incoerências de seu herdeiro politico.

Revelou falta de estofo para quem tem a pretensão de governar um pais de dimensões continentais como o nosso.


Um comentário:

  1. É isso aí, Abdul. Alexandre Cardoso optou por Caxias. Ele apenas retrubuiu a opção que Caxias fez por ele ano passado. O Coronel Eduardo, que já havia feito a sua opção pessoal há algum tempo, já vem conspirando contra o nosso Estado nas questões dos royalties. O Coronel não pensa no pais e por isso não está preparado para conduzi-lo. Não há como afirmar que a região norte/nordeste sofre discriminação quanto à destinação de recursos. Não existe região no país que tenha recebido tanto dinheiro público quanto essas duas regiões, sempre abastecidas com os programas de integração, além dos bancos regionais, sudene, sudeco, sucam, dnocs, ligados ao ministerio da integração. Como exemplo posso citar um porto que está sendo construído no meu Piauí há 37 anos e já consumiu mais de 450 milhões e precisa ainda de outro tanto para a sua conclusao. Esses recursos justificam as grandes fortunas dos Coronéis, famílias que dominaram e dominam a política da região. A intervenção no partido no RJ foi uma ação que nem Eurico Miranda seria capaz de fazer. O grupo politico que interviu no partido se constitui por um deputado que se elegeu na rabeira dos votos do Romário e Alexandre, que não foi capaz de eleger sua mãe prefeita de sua cidade e por um sindicalista que não faz parte de nenhum sindicato, que nao é reconhecido pelos seus companheiros do Sepe e que teve aliados que fizeram parte do governo Zito. De fato Abdul, a politica é a arte de fazer opções e o Alexandre fez a opcao certa: optou por Caxias.

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