quinta-feira, março 31, 2011

CARTEIRA DE HABILITAÇÃO PARA O ELEITOR

                                        SEM EDUCAÇÃO, DEMOCRACIA É RETÓRICA. 
                                                ELEITOR PRECISA DE INFORMAÇÃO
                             
                                              O ELEITOR E A REFORMA POLITICA
A reforma politica, precisa criar soluções que fortaleçam o conceito democrático na sua interpretação mais legítima, conforme texto constitucional, estabelecendo a maneira que o poder emanará do povo, para o povo e em nome dele será exercido.  Podemos avançar, com um sistema que agasalhe todos grupos sociais, e suas amplas correntes de pensamento, costumes e comportamentos. Para isso, há de se garantir participação dos movimentos sociais, ampliando o debate para além dos limites do Congresso Nacional, dando uma legitimidade popular que só a sociedade civil organizada pode conferir  ao sistema nascido desta reforma.  Propostas contemplariam perspectivas e experiências regionais e riquezas culturais do Brasil. Este é o caminho de um modelo capaz de garantir participação das maiorias e das minorias na representação parlamentar.
Estudar  regimes políticos  de outros países é  salutar, mas não podemos nos iludir, não existe regime capaz de atender a todos igualmente.  O modelo democrático que devemos perseguir exige permanente busca do aperfeiçoamento das instituições, levando em conta diferenças do contexto econômico-social e cultural de cada região.  Até na Grécia antiga onde nasceu, a democracia tinha suas restrições, já que não permitia direito de voto ás mulheres e aos escravos.   Evoluiu com o tempo, as mulheres passaram a votar e os escravos tornaram-se livres e eleitores.  Nas sólidas e estáveis democracias da Inglaterra -parlamentarista- e dos Estados Unidos - presidencialista ambas com voto distrital, existem questionamentos do sistema.  O resultado eleitoral da disputa em 2000 entre Bush e Al Gore é a expressão mais veemente destes questionamentos, quando o candidato democrata venceu as eleições pelo voto popular, mas  quem levou foi Bush que havia ganho maioria dos votos em recontagem dos delegados no colégio eleitoral do estado governado pelo seu irmão.
As nações progressistas buscam um sistema perfeito de representação democrática.  
Ainda há muito que se procurar.  
Cada país construiu sua arquitetura politica a partir de  seus respectivos contextos históricos, culturais ,sociais e educacionais.   Inglaterra,  Estados Unidos, Canadá e França adotaram para seus regimes políticos um sistema eleitoral baseado no voto distrital simples enquanto a Alemanha adotou o voto distrital misto.   
Pautar o debate em cima de um modelo politico importado, significa importar antigas divergências e se afastar do consenso.
A reforma politica precisa mirar no eleitor
Não existe uma receita de bolo, precisamos explorar novos cenários.  O Congresso Nacional tem pela frente o desafio de fazer uma reforma politica compatível com os anseios nacionais construindo um sistema capaz de corrigir as distorções atuais e revitalizar a importância do titulo eleitoral aos olhos do eleitor.
É condição "sine qua non" a quem quer maximizar os avanços, que  antes de propor um novo sistema, Deputados, Senadores e a sociedade civil organizada, façam uma radiografia precisa das causas e origens do esgotamento do atual sistema político brasileiro.   Como um médico deve agir para buscar o remédio mais eficiente a cada tipo de moléstia que acomete seus pacientes:  primeiro, diagnosticar a doença.    
No debate da reforma politica não podemos desconsiderar as enormes diferenças sociais e os desníveis educacionais entre os eleitores de um  país continental com 190 milhões de habitantes como o Brasil.   Seria um grave erro e perderíamos a oportunidade de criar mecanismos capazes de mitigar os problemas gerados pela corrupção sistêmica  e pela falta de compromisso de grande parcela dos políticos eleitos com seus eleitores.
Dois pontos fundamentais precisam ser tratados  dentro da reforma politica:  o sistema eleitoral e o comportamento do eleitor.  Por enquanto o debate esta centrado nos acessórios e na sua forma de opera-lo.  Ninguém fala do operador externo:  o eleitor.
No Congresso, o perfil do eleitor  não tem sido considerado na pauta de discussões.   
Dar ao país um sistema político moderno, para corrigir distorções eleitorais e resgatar a credibilidade das instituições representativas do povo, sem fornecer a transparência necessária para que o eleitor faça a melhor escolha , é como dar um carro cheio de inovações tecnológicas de última geração a alguém que mal aprendeu a andar de bicicleta.
O conteúdo programático dos partidos e suas doutrinas ideológicas , se transformam em utopia, diante da realidade de um  eleitor que não sabe porque e para que está votando.
A democracia será "capenga" enquanto se votar por um jogo de camisa de futebol, churrasco, caminhão de barro, um saco de cimento  e de forma mais enfática, como aconteceu nas ultimas eleições municipais, vendendo o voto por R$20, R$30 ou R$40.
O eleitor não tem um nível de informação homogêneo e a  compreensão sobre os papéis dos candidatos mudam  de acordo com a região que vive.   A prática demonstra que, via de regra, ele confunde função de vereador com a do prefeito.   Diagnosticar o processo a partir das eleições municipais, é importante, porque é no município que está a célula da organização máxima de sociedade que é o estado.   Errando na raíz, o município, continuaremos errando nas esferas estaduais e federais.   
A reforma politica precisa considerar o nível de informação do eleitor. Da mesma forma que o sistema politico mais engenhoso  depende da postura ética do politico que vai operá-lo, para funcionar, também a democracia depende, e muito, do nível de informação e educação política de seus eleitores para se consolidar.
Substituir o sistema vigente sob a ótica exclusiva da classe politica que o opera, sem considerar estas  diferenças no perfil dos  eleitores,  significa trocar seis por meia dúzia.
Um  sistema perfeito funcionaria se a natureza humana fosse a mais perfeita do universo.  Como humanos perfeitos são utopias imperfeitas e homens de grande carater constroem grandes partidos, mas, grandes partidos não garantem o carater dos homens, é necessário  fortalecer as instituições disseminando a informação.
Criar mecanismos para o eleitor cobrar de seus candidatos, é proposta bem vinda, se for ensinado ao eleitor o que e a quem deve se cobrar
O desconhecimento das atribuições específicas do poder legislativo e do executivo cria um quadro de configuração perversa, quando o eleitor, movido por seus legítimos anseios, cobra de seu vereador ou deputado aquilo que é de estrita responsabilidade do poder executivo.  Cobra o asfaltamento da rua, construção de praça, vaga na escola pública,  posto de saúde ou troca de lâmpada queimada, todas atribuições exclusivas do prefeito ou governador.   O eleitor do vereador raramente lhe pergunta quais foram as leis que ele fez ou se o prefeito está cumprindo a execução do orça
Falta conteúdo no debate eleitoral
mento, conforme   estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, aprovadas na Câmara Municipal.  Cobra do parlamentar, ações exclusivas do prefeito, que se não forem atendidas geram injusta insatisfação do eleitorado,  perda de votos e a ameaça á sua reeleição.  O vereador, então, se  submete aos caprichos e interesses do prefeito, que por sua vez atende interesses das empreiteiras financiadoras de sua campanha eleitoral, e paga o favor com obras encomendadas em licitações fraudulentas.  O vereador, dependente do prefeito, se cala, abrindo mão de suas obrigações legais se rendendo ao "esquema".

É preciso uma forte campanha para esclarecer as diferentes  atribuições do Executivo e do Legislativo.    A desinformação não é privilégio das classes mais humildes e menos escolarizadas como parece.   Não é raro encontrarmos professores, universitários e profissionais liberais que acham que o trabalho de um vereador "é pedir" obras ao prefeito.   Como se fosse necessário ser vereador para pedir alguma coisa ao chefe do executivo municipal.
Imagine alguém exigir do Ronaldinho Gaúcho que ele seja o cestinha do jogo!?   Ora,  jogar a bola com as mãos na cesta é característica do jogo de basquete!!  E Ronaldinho Gaúcho é jogador de futebol!!   As regras do jogo são diferentes!
Para importante parcela do eleitorado brasileiro tudo é jogo com bola,  como "tudo é politica".
Entre um vereador que faz leis  e aquele que aparece a tiracolo ao lado do Prefeito inaugurando uma rua,  o eleitor consagra a segunda opção e critica a primeira.
Como um vereador pode exercer suas atribuições legislativas com independência e encontrar reconhecimento pelos benefícios que suas leis geraram ao conjunto da sociedade que o elegeu, se os eleitores não sabem o significado das leis e a forma que elas o beneficiaram? 
Conheço um caso emblemático.
Aprender a manusear a arma para não errar o tiro
Em Duque de Caxias um vereador eleito buscou toda assessoria técnica necessária para se qualificar nos debates sobre as demandas de sua cidade.   Nomeou um economista em lugar de um irmão, da esposa ou do amigo, buscou parceria com o Nusef - Núcleo Superior de Estudos Fazendários da UERJ, fez uma lei garantindo que os investimentos fossem proporcionais nos 4 distritos de sua cidade obrigando os prefeitos a implementarem os projetos de saneamento, pavimentação e urbanização de forma igualitária para todos ,fez leis  preservacionistas, atuou dentro do que manda a moralidade pública, denunciou desvios, foi responsável por 49 dos 238 artigos da Lei Orgânica de sua cidade, todas com grande impacto positivo no desenvolvimento economico global e integrado do município e na vida de seus moradores.
Apesar de toda divulgação na imprensa sobre as emendas de lei que reorganizaram o município, o vereador perdeu a eleição sob um argumento criado pelos seus adversários durante a campanha de reeleição;   "ele é vereador e não asfaltou nem a rua da mãe dele, você vai votar nele?".
Asfaltar rua é atribuição do prefeito. 
Fazer reforma do sistema politico partindo da falsa premissa que o conhecimento do eleitor sobre as atribuições dos eleitos é homogeneo é ingenuidade ou desonestidade intelectual.  É da desinformação do eleitor que nasce o assistencialismo clientelista e o circulo vicioso alimentador da corrupção sistêmica.  Boa parte da classe politica brasileira se edificou nestas mazelas da democracia!
Embora não existam pesquisas sobre o assunto basta que você pergunte aos seus vizinhos, seus amigos, colegas de trabalho ou da escola: 
Qual é a atribuição de um vereador?
A única resposta encontrada na constituição do Brasil , será disparada, a resposta  menos ouvida.   
O eleitor comete erros, e muitos.
Mas o maior estimulo ao erro de interpretação nas funções dos poderes está na coincidencia do calendário de eleições legislativas e executivas.
Além de gerar confusão de atribuições para o eleitorado as eleições conjuntas dos dois poderes  tiram a independência dos parlamentares eleitos para fiscalizar os executivos.    São os candidatos "majoritários"  (prefeitos, governadores e presidente) que financiam ou indicam ao poder economico quem deve ter a campanha financiada para o parlamento. Quando assume o cargo depois, o parlamentar está endividado financeiramente e moralmente subordinado ao titular do cargo executivo que deveria fiscalizar.  É claro que não vai fiscaliza-lo!
O calendário eleitoral deveria  estabelecer datas diferentes e distintas para cada eleição:  Uma para o executivo -prefeitos, governadores e presidente - e outra com o interstício de 02 anos para vereadores, deputados estaduais, federais e senadores.
O eleitor escolheria os chefes dos executivos com as campanhas divulgando suas atribuições e seus programas de governo.
E dois anos depois, em nova eleição, escolheria os parlamentares -vereadores, deputados federais ,estaduais e senadores - cuja função de fiscalizar o cumprimento da lei e das promessas dos governos será cristalina aos olhos do eleitor.  Já durante a campanha o eleitor saberia identificar se o candidato está comprometido com a sociedade ou com o governante que ele deve fiscalizar.
É fundamental,  para consolidar-m0s a democracia brasileira que a reforma politica crie instrumentos para  esclarecer aos eleitores sobre as atribuições de cada poder constituído.
Título eleitoral: habilitação para dirigir os destinos do Brasil
Enquanto isto não acontece o TSE bem que poderia fazer uma campanha mostrando que a atribuição legal de um vereador não é asfaltar ruas, fazer praças, postos de saúde ou criar centros sociais para dar atendimento "gratuito" fora da rede pública de saúde.
As campanhas publicitarias do Tribunal Superior Eleitoral precisam dizer ao eleitor que a atribuição de um vereador é de fazer as leis e fiscalizar o Prefeito.  E não de "asfaltar ruas".
O TSE poderia dar uma contribuição poderosa com um simples gesto ao entregar um manual de orientação ao eleitor, quando ele for buscar seu título, ensinando-o a dirigir os destinos de sua cidade através do voto. Gesto mais simples que entregar uma carteira de habilitação a quem vai dirigir um carro pela primeira vez.  

segunda-feira, março 28, 2011

JORNAL 'O GLOBO' : A SURPREENDENTE EDIÇÃO DE DOMINGO


                                               EM BUSCA DA VERDADE


Definitivamente o clamor  das massas árabes sopra  ventos de liberdade sobre as folhas de papel que transportam noticias pelas nossas terras tupiniquins. O maior jornal do país surpreendeu, na edição de domingo, repercutindo opiniões divergentes do script produzido nos laboratórios de marketing politico de Whasington para justificar os bombardeios da força de coalizão contra o território líbio.

O caderno "O Mundo"  estampou matéria de titulo "Bombas de efeito moral...ou economico" chamando o leitor á uma reflexão isenta e abrindo caminho para um descomprometido questionamento do arsenal de justificativas  para o ataque, liderado pelos EUA e seus aliados, contra o país dono da 7ª maior reserva de petroleo do mundo ( fonte OPEP).

"O Globo" resgata o "papel de um jornal", e vai alem da mera reprodção de  opiniões e artigos dos "especialistas", passageiros cativos dos tanques de guerra do pentágono que viajam por roteiro previamente encomendado á opinião pública internacional.  Ao buscar  vozes discordantes sobre razões do conflito,o jornal presta grande serviço ao jornalismo independente ,embora discorra sobre uma desnecessária interpretação juridica de resoluções da ONU sempre usadas para dar aparencia de legalidade ao assalto de recursos naturais alheios,como no caso líbio, baseados na interpretação do direito internacional que só enxerga justiça quando atendem os interesses dos EUA e não condenam Israel pela violação dos direitos humanos do povo palestino. A decisão unilateral dos EUA de invadir Iraque sem "autorização" do Conselho de Segurança da ONU desqualifica a seriedade do debate juridico.

A incoerente retórica humanitária no caso Líbio é despida pelo resgate e comparação de registros históricos dos conflitos contemporaneos,  como da  Costa do Marfim e nas atuais  insurreições populares  na Arábia Saudita, Siria e no Barhein, denunciando que os principios morais da ONU são usados de forma seletiva,opinião que  já haviamos manifestado neste blog.

Para coroar a edição de domingo, o jornal "O Globo" veicula os artigos dos jornalistas Dorrit Harazim com o titulo "convém olhar para o chão" nos levando á um passeio pela colossal estrutura de guerra das bases militares dos EUA, verdadeiros "fortes apaches" instaladas em países cujos territórios estão as maiores reservas de petroleo do mundo -exceção do Irã e da Venezuela- e que tem em comum o fato de serem ditaduras aliadas dos Estados Unidos no Oriente Médio.

A mesma edição repercute artigos que se conectam e são assinados pelos jornalistas do New York Times Larry Rohter e Mark Landler. O primeiro virou celebridade nacional e transformou-se  em uma espécie de "ícone do jornalismo anti-esquerda" ao dizer que o presidente Lula bebia demais e ao trabalhar na desconstrução de personagens ligados as causas populares como Hugo Chaves,Evo Morales, Rigoberta Menchu  e até do cineasta Oliver Stone. Se perdeu popularidade entre a militancia da esquerda latina ,ganhou credito legitimando o conteudo do artigo que questiona a pouca importância dada por Hollywood ás relaçoes do islã com o ocidente,e nas entrelinhas, denuncia a cumplicidade da industria cinematográfica americana com a globalização dos interesses politicos e economicos dos EUA,ao "satanizar" o mundo islamico.      Nada de novo ,se lembrarmos do gigante ator americano Marlon Brando  que jogou agua no choop na  festa de Hollywood em 1973 quando se recusou a receber o Oscar e em seu lugar mandou  subir ao palco a índia Shashen ,sob o argumento de que a industria do cinema foi tendenciosa com os interesses dos indios americanos.  Anos mais tarde Marlon Brando acusou os estúdios de Hollywood de produzirem filmes com  conteudos  que manipulam a cultura das massas interferindo na formação étnica das nações para atender os mesmos interesses politicos e economicos dos EUA. Sumiu das telas.

As produções americanas concentram-se em personagens americanos que via de regra são os mocinhos e quem não se alinha com suas ansiedades e ambições é retratado como o vilão.

O artigo não deixa dúvida de que Hollywood é uma arma do poderoso arsenal midiático do Tio Sam.

Já Mark Landler de trajetória profissional que passa longe de polemicas, tem formação em licenciatura diplomatica e  na area financeira, fornecendo á sua analise no artigo um carater pragmatico e sem maquiagem do processo em marcha nos países árabes.  Os gritos de democratização dos países com protestos e  manifestações populares podem levar á uma nova configuração geopolitica regional com grandes chances de deslocar a influencia dos EUA dos centros de poder  no Oriente Médio obrigando Israel a rever suas estratégias de segurança.  Landler demonstra que o renascimento árabe pode ter impacto na ordem global com implicações nos fluxos comerciais de petróleo ,calcanhar de aquiles das nações mais ricas do mundo, o que tambem explica a futura ocupação da Líbia ,desta vez com a França ,Gra Bretanha e Italia na linha de frente ,gerando um quadro de incertezas em relação ao futuro ,diante de um contexto politico complexo,delicado e agora dinamico daquela região.

As rajadas de vento da liberdade sopram no mundo arabe e podem derrubar ditaduras republicanas ou monarquicas. Mas quem irá substituílos? Se prevalecerem os interesses dos EUA as ditaduras serão substituidas por outras tão ou mais tirânicas, revestidas com roupagem politicamente correta...

Na edição de domingo o jornal "O Globo" foi um grande jornal!




sábado, março 26, 2011

EXPERIENCIAS DOS EUA COM COBAIAS HUMANAS GUATEMALA

http://www.elpais.com/articulo/sociedad/Fueron/experimentos/diablo/elpepisoc/20110326elpepisoc_3/Tes

EUA ACUSAM KADAFHI DE USAR "CADAVERES PARA SIMULAR MORTOS"


EUA ACUSAM KADAFHI DE JOGAR CADAVERES EM LOCAIS BOMBARDEADOS PELA FORÇA DE COALIZÃO COM OBJETIVO DE SIMULAR A MORTE DE CIVIS.

Segundo relatório da inteligencia dos EUA Kadafhi,que estaria cometendo crime de fraude na guerra , colocou dezenas de cadáveres nos locais bombardeados pela força de coalizão ,para culpar o ocidente pelas mortes. 
O Secretário de Defesa, Robert Gates, disse em uma entrevista de televisão: "Nós temos um monte de relatórios da inteligencia demonstrando que Kadafhi colocou cadaveres de pessoas que já estavam mortas , onde temos atacado".  Este trecho da entrevista concedida neste sábado á CBS News no programa " Face the Nation"  com Bob Schieffer,irá ao ar no domingo.
Na semana passada,funcionarios libios disseram que cercas de 100 civis foram mortos durante os bombardeios feitos pelos EUA,FRANÇA,GRA BRETANHA,ITALIA E ESPANHA.  Segundo Gates não existem provas que o bombardeio feito pelos EUA e seus aliados tenha feito vitimas e matado civis. 
O secretário americano só não informou durante a entrevista se o "serviço de inteligencia" que levantou estas informações é o mesmo que fez o relatório sobre as armas de destruição em massa que serviram como base na decissão de invadir o Iraque, em uma guerra que já dura 8 anos, matou 1 milhão de civis iraquianos, e até hoje nunca encontrou as famigeradas "armas de destruição em massa" ou "armas quimicas" de Saddam Hussein. 
Será que a nova fraude de guerra tem algum fornecedor de cadaveres? Será que os cadaveres são importados e passam pelas barreiras alfandegarias apesar do forte bloqueio americano á Libia? Ou será ainda que Kadafhi está usando seus petrodólares para alugar cadaveres de outros países com o objetivo de derrotar os aliados?


 È uma acusação séria usar gente que ja estava morta para dizer que morreram! Isso não vale!
  Vamos assistir a entrevista de Gates neste domingo, 

sexta-feira, março 25, 2011

EXCELENTE, LINDO: CANTO GREGORIANO / SIMON & GARFUNKEL

É lindo vale a pena ouvir
http://www.youtube.com/watch?v=Wz3c2Pd3Jlw&feature=player_embedded#at=221

1 MILHÃO DE CRIANÇAS MORREM POR MES DE FOME NO MUNDO



BILHÕES DE DÓLARES FINANCIAM A GUERRA ENQUANTO MILHÕES DE CRIANÇAS ESTÃO MORRENDO DE FOME: "CIVIS DESPROTEGIDOS" QUE OS EUA E A EUROPA NÃO ENXERGAM ! 



De acordo com  a FAO - Fundação para Alimentação e Agricultura da ONU -  Treze milhões de crianças morreram de fome nos países mais pobres do mundo nos últimos doze meses.  Todos os dias  morrem 35.615 - Trinta e cinco mil, seiscentos e quinze - menores de idade vítimas da fome e da desnutrição revelando um marco de miséria extrema em nosso planeta..

Já os gastos militares e os negócios da industria bélica no mundo superam um bilhão de dólares por mês.     Só  guerra do Iraque, já custou, nos oito anos subsequentes a invasão, US$ 1 trilhão de dólares e a morte de mais de 1 milhão de crianças de fome sob o argumento do governo americano de "libertar o povo" ou  "proteger os civis indefesos", como no caso dos recentes ataques á Líbia .



Os custos globais do gasto militar e armamentista chegam a dois milhões de dólares por minuto. E se estas somas fossem repartidas entre todos os habitantes do planeta, a cada pessoa lhe corresponderia uns 200 dólares. Só um submarino "Trident" custa mais de 600 milhões de dólares, e um bombardeiro B-1B supera os 400 milhões de dólares.


Para acreditar que países como os EUA,Grã- Bretanha, França, Itália, Espanha, Holanda e Noruega atacam a Líbia por questões "humanitárias" ou tentam isolar o governo do Irã em defesa dos "direitos humanos" exige um alto grau de ingenuidade . O genocídio de milhões de crianças, verdadeiros "civis desprotegidos", pela fome, todos os meses é um flagelo brutal nos países mais pobres de nosso planeta que não consegue a piedade das nações ricas focadas em seus interesses mercadológicos e orientados pela ideologia da indiferença. 
Treze milhões de crianças mortas de fome por ano, representa um contingente maior do que o numero de mortos da Segunda Guerra Mundial (1939-45), na qual pereceram 40.000.000 de pessoas. 


A cada dois dias morrem de fome mais crianças pobres do que todos os soldados americanos que  morreram na guerra do Vietnam (1957-75), sem que a ONU vote alguma resolução na defesa dos "direitos humanos" destas crianças e sem que a imprensa internacional coloque em letras garrafais o tamanho desta tragédia humana .
Qualquer jornalista ou articulista brasileiro minimamente informado não usaria,com isenção, um veículo de comunicação para repercutir as justificativas das nações mais poderosas do mundo para o ataque a qualquer nação soberana.



Acreditar em motivação humanitária na invasão do Iraque, ataque á  Líbia e no voto na ONU em resolução contra o Irã  exige um alto grau de idiotização politica.

Ou de hipocrisia.  

UMA IMAGEM POR MIL PALAVRAS; RAZOES DA GUERRA

                                                    RAZÕES DA GUERRA

DILMA VIROU AS COSTAS PARA A HISTORIA RECENTE DO BRASIL

  
              
NA ONU DILMA ASSUME POSTURA SUBSERVENIENTE AOS INTERESSES DOS EUA 

Como eleitor e cabo eleitoral de Dilma Roussef , estou frustrado com inicio do seu governo. Não só porque a fraudadora Lô Politi pessoa de sua relação pessoal e ex coordenadora da campanha combina o prestígio que tem no Planalto com ações de traficante de droga e homicida para tentar usurpar um patrimonio que possuo a 26 anos. Mas principalmente porque ao votar em Dilma,votei na posição diplomática do Brasil que com Lula ficou marcada pela independência e afirmação da soberania brasileira na comunidade internacional.  
Em votação na ONU nesta quinta-feira o governo Dilma Rousseff rompeu com a postura adotada pelo governo Lula nestes últimos 8 anos nas relações internacionais. Dilma atendeu a um "apelo" de Barack Obama,feito pessoalmente durante sua visita ao nosso país ,para que o Brasil fosse coautor de uma resolução , para a ONU "investigar denúncias de violações dos direitos humanos" imputadas ao governo de Mahmoud Ahmadinejad.
A resolução proposta pelos EUA  foi aprovada por 22 votos a favor - entre eles o do Brasil - e sete  contra. 
O voto contrasta com a decisão do Brasil de optar, em novembro passado, pela abstenção na votação de uma resolução num comitê da Assembleia Geral condenando o desrespeito aos direitos humanos no Irã. A medida pedia o fim dos apedrejamentos, as perseguições a minorias étnicas e os ataques a jornalistas.  A resolução só não foi estendida ás ditaduras da Jordânia,Marrocos,Bahrein e Arábia Saudita, onde estas práticas acontecem com mais frequencia e intensidade,e diferente do Irã , nunca tiveram eleições livres e democráticas, porque estes países são incondicionais aliados dos EUA no Oriente Médio.

A nova postura do Itamaraty  marca o retorno do Brasil á uma relação de subserveniência aos interesses dos Estados Unidos na ONU a hasteia a bandeira da incoerência diplomática brasileira. As imagens mais eloquentes do desrespeito aos direitos humanos, estão sendo veiculadas na imprensa e acontecem dentro do território brasileiro. Policiais Militares do estado do Amazonas atiram a queima roupa e a sangue frio em um adolescente de 14 anos,desprotegido que não fez nada diante de sua família. Esta  não é um caso isolado.  As cenas gravadas são emblemáticas e representam uma rotina de violência que faz centenas de vitimas verdadeiro desrespeito aos direitos humanos no Brasil.   As mortes violentas e o desrespeito aos direitos humanos no Brasil são infinitamente maiores que os praticados no Irã.

"Tenho uma postura bastante intransigente nos direitos humanos. Em meu governo não haverá nenhuma dúvida a respeito", disse Dilma Rousseff, um dia desses. Não seria melhor combater o desrespeito aos direitos humanos dentro do país que voce governa,Presidenta? 


A birra dos EUA com o Irã  em nada tem a ver com a "violação dos direitos humanos" naqueles país.  O problema do Irã único regime que escolhe presidente através do voto direto naquela região, alem de Israel e de Gaza governada pelo Hamas, é que o país de Ahmadinejad estatizou a prospecção ,o refino e a distribuição de petróleo negando contratos de exclusividade as empresas petrolíferas com sede em países que votaram na resolução contra o Irã.

Chama atenção, a coincidencia de que EUA,GRÃ-BRETANHA,FRANÇA,ITÁLIA,ESPANHA,HOLANDA e NORUEGA países que compõe a força de coalizão no ataque á Líbia, -7ª maior reserva de petróleo do planeta- são os países de origem das 9 maiores companhias petrolíferas do mundo.

O discurso de "proteger civis"  para justificar o ataque á Libia, não foi lembrado quando os Hutus massacraram 1 milhão de Tutsis em Ruanda ou durante o genocidio da Bósnia  na decada de 90.  É que lá não existem resewrvas de petróleo para custear as despesas e garantir os lucros das "ações humanitárias" dos aliados


"Este não é um voto contra o Irã. É um voto a favor do fortalecimento do sistema de direitos humanos" disse a representante do Brasil no conselho, a embaixadora Maria Nazareth Farani Azevedo ,cuja declaração depende de um processo de idiotização nacional para ter credibilidade.

Com Dilma o Brasil deu o primeiro passo na direção da submissão nacional . Seria por causa de uma vaga no Conselho de Segurança da ONU?  É um preço caro demais por um produto que sem dúvida terá pouco uso quando os interesses americanos estiverem em jogo

quarta-feira, março 23, 2011

10 MAIORES RESERVAS DE PETROLEO DO MUNDO

Considerando que  o petróleo é a principal fonte energetica na economia  americana e que a flutuação de sua demanda tem  reflexos no mercado internacional, é natural,  considerar que a energia fóssil seja vital para a manutenção do poder bélico e economico dos EUA e seus aliados. 

Enquanto não se consolida um programa de  diversificação da matriz energética na busca de alternativas que livrem a superpotencia da dependencia  do petróleo externo, fica claro que o futuro da nação mais poderosa do mundo depende dos recursos naturais extraídos de terras alheias.


O ranking, abaixo, das reservas petrolíferas (diferente de produção e consumo medidos por ranking próprios) e seus respectivos países,  ajudam a lançar um outro olhar sobre a origem  e as razões dos conflitos que envolvem os  EUA com alguns países, e suas contradições no apoio a ditaduras tiranicas mundo afora.


No Oriente Médio estão  56% das reservas de petróleo no mundo.


10 MAIORES RESERVAS DE PETRÓLEO DO MUNDO RANKING DA OPEP:




1º Arábia Saudita: -  Reservas estimadas em 264 bilhões de barris  é tambem o maior produtor e exportador do mundo . 
DITADURA MONARQUICA  aliada dos EUA
Bases militares americanas em seu território
EXPLORAÇÃO DO PETRÓLEO PRIVADA  


2º Venezuela: - O novo ranking da OPEP ( 2009) coloca  a Venezuela como á segunda maior reserva no mundo com 172 bilhões de barris.  
Governo Republica adversária dos EUA
EXPLORAÇÃO: PDVSA Estatal

3° Irã: - Reservas de  138 bilhões de barris  e 85% das receitas governamentais dependem do setor petrolifero.
Governo: Republica
adversario dos EUA
EXPLORAÇÃO DO PETROLEO: ESTATAL.

4º Iraque: - Reservas de 115 bilhões .
REPUBLICA
INVADIDA PELOS EUA
EXPLORAÇÃO DO PETRÓLEO :  PRIVADA (após a invasão)


5ª KUWAIT
Reservas: 102 bilhões de barris.  Cerca de 80% do petroleo kuwaitiano e vendido para os Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Japão e França. 
DITADURA MONARQUICA aliada dos EUA
BASES MILITARES AMERICANAS


EXPLORAÇÃO DO PETROLEO POR CIA's PRIVADAS

6ª Emirados Árabes Unidos: - Reservas  98 bilhões 
DITADURA MONARQUICA


Bases militares americanas em seu território 
ALIADA DOS EUA
EXPLORAÇÃO DO PETROLEO CIA PRIVADA

7ª Líbia: - Reservas  44 bilhões de barris de reservas de petróleo
REPUBLICA
EX-ALIADO DOS EUA . 
EXPLORAÇÃO ESTATAL

8ª Nigéria: - Reserva 37 bilhões de barris. 
REPUBLICA
ALIADA DOS EUA
Base militar americana em seu teritório
EXPLORAÇÃO PRIVADA
 A Nigéria é também o quinto maior exportador de petróleo para os EUA a Tate Unidos é  o maior investidor estrangeiro na Nigéria. 

9º Qatar: - Reservas  25 bilhões de barris
DITADURA MONARQUICA
ALIADA DOS EUA 
Base militar americana em seu território
EXPLORAÇÃO DO PETROLEO:PRIVADA

10° Argélia: - A reserva  12 bilhões de barris. Em recente eleição um partido islamico ganhou no voto mas não levou.
REPUBLICA aliada dos EUA
Base militar americana em seu território
EXPLORAÇÃO DO PETRÓLEO:  PRIVADA

A exploração do petróleo na camada do pré-sal poderá dar ao Brasil a 6ª posição no ranking das maiores reservas do mundo.


Nota-se que entre os dez países detentores das maiores reservas de petróleo do mundo quase todos são aliados dos EUA, que mantem bases militares americanos em seus territórios e tem a exploração feita por companhias privadas dos  EUA, França, Italia, Grã Bretanha, Noruega e Canadá. 


A exceção ficou por conta do Irã,Venezuela e Líbia cuja exploração é feita por companhias estatais e coincidentemente são governados por adversarios dos EUA.





                                             O PODER POR TRÁS DO PODER
Abaixo  lista demonstra que das nove (09) maiores companhias de petróleo do mundo, oito ( 08) tem origem nos países que integram a "força de coalizão" que está bombardeando a Líbia e contam com poderoso "lobby" nas esferas de poder da Casa Branca e nos palácios de governo dos países membros da OTAN. . 


1 – Exxon Mobil (EUA) – 512
2 – Shell (Holanda) – 264
3 – Petrobras (Brasil) – 235
4 – BP (Reino Unido) – 231
5 – Total (França) – 198
6 – Chevron (EUA) – 197
7 – Eni (Itália) – 145
8 – Conoco Philiphs (EUA) – 141
9 – Repsol (Espanha) – 44
Tirem suas conclusões...


EUA E O DIA MUNDIAL DA AGUA

TSUNAMI NO ORIENTE MEDIO AMEAÇA EUA E ISRAEL

                                       BARRIL DE PETRÓLEO E PÓLVORA 

Nem tanto á esquerda nem tanto á direita, mas certamente as revoltas populares em vários países árabes, algumas legítimas outras manipuladas por interesses externos, colocam o Oriente Médio em um rumo de incertezas e instabilidade politica.  As populações árabes clamam por liberdade e democracia ameaçando a supremacia politica dos EUA e Israel naquela região sustentada pelo incondicional, embora velado,  apoio de ditadores monárquicos ou republicanos, cujos regimes funcionam como verdadeiro muro de contenção das aspirações nacionais do povo árabe.

Antes de ser uma ironia, mesmo que seja, é revelador,  que os EUA, maior democracia do planeta, use todo seu poderio bélico, para sustentar seus interesses políticos e economicos no Oriente Médio em ditaduras tirânicas que sufocam gritos de liberdade de seus cidadãos , com amplo, irrestrito e ensurdecedor silencio da grande midia ocidental.

Chama atenção o fato que, dos três únicos sistemas democráticos em todo Oriente Médio, cujos líderes foram eleitos pelo voto direito, apesar de alguns questionamentos,  só Israel é aliada dos EUA enquanto os outros dois são inimigos: Hamas em Gaza e Ahmadinejad no Irã, que chegaram ao poder através do voto popular.   No restante dos países arábes nunca houve uma eleição nestes últimos 40 anos.

O que explica a falta de limites éticos dos Estados Unidos em suas relações diplomáticas com o mundo árabe?!:  A sobrevivência?!     O calcanhar de Aquiles  da maior potencia economica e militar do planeta está na dependência do petróleo externo.

Oitenta por cento da energia ( petróleo e gás) usados para movimentar a gigantesca maquina economica do Tio Sam, vem de outros países.  Os EUA são o maior consumidor de petróleo do mundo e o segundo maior produtor.  Estimativas indicam que as reservas petrolíferas americanas durem um pouco mais que uma década. 

Entre a filosófica defesa da democracia e a vital necessidade de energia fóssil para sustentar o modo de vida  americano seus governos buscaram, naturalmente, a segunda opção. É o que vovó dizia: "farinha pouca,meu pirão primeiro".

Então dominar reservas petrolíferas de forma "legal, imoral, não importa" se invadindo o Iraque, bombardeando a Líbia ou pressionando Dilma Roussef a fazer acordos e concessões para garantir exclusividade no acesso ás reservas do pré-sal, é questão de vida ou morte.  Vida  para os EUA e morte para quem não se submete aos seus interesses, enquanto a diversificação da matriz energética em busca de outras fontes não garante sua autonomia energética.

Com este objetivo os americanos usam seu aparato bélico, foguetes, bombas, tiros em uma frente.  Na campo da diplomático,buscam dar aparência de "legalidade jurídica" a seus atos, com resoluções da ONU, que quando condenam o Estado de Israel por crimes contra as populações civis palestinas, não são cumpridas nem respeitadas, já que neste caso o algoz é aliado dos americanos. Não menos importante, a frente midiática, com retóricas moralistas e um batalhão de "especialistas" dos principais canais de informação do mundo escrevendo artigos e publicando reportagens "satanizando" suas vítimas, para justificar atitudes imorais, como as agressões e o desrespeito á soberania nacional dos países classificados como "estratégicos" para os interesses dos EUA.

O grande aparato da guerra, onde a primeira vítima é a verdade, começa com acusações diversas, como  "regimes ditatorias", "ligações terroristas", "desrespeito aos direitos humanos", que disparam  tiros contra as  nações, mundo afora, e termina com as justificativas estampadas nas paginas dos jornais e nos noticiários das TVs na sala de nossas casas. 

Os EUA e a Europa revelam ao mundo suas contradições, usando como argumento apoio de ditaduras como as da Arábia Saudita, Jordânia, Marrocos,  Bahrein e até alguns aviões do Catar para atacar com bombardeios a "ditadura" de Kadafhi na Líbia, até então aliado, agora descartável. O Egito  liderado por Hosni Mubarack  parceiro incondicional de Israel e dos EUA, está temporariamente no "corredor da morte politica", aguardando decisão do novo regime que surgirá da mais legítima manifestação popular contra a mais emblemática das ditaduras.  Os rumos que o país tomará ocupam a lista de preocupações de Israel.

Sem as ditaduras no Oriente Médio EUA e Israel  perderão os instrumentos de controle dos ressentimentos das massas árabes, que embora estejam divididas por 18 países independentes e autonomos , mantém uma identidade nacional que ultrapassa as fronteiras geográficas ocupando toda região, e tem sido imune á   massificação midiática  ocidental que tenta justificar os massacres de civis palestinos e libaneses.

A sede  dos EUA e a da Europa pelo barril de petróleo transforma o Oriente Médio em um barril de pólvora e expõe de forma vergonhosa as divergências entre os países que compõe a força de coalizão para comandar os atuais ataques e a futura divisão do fruto do assalto...militar ao petróleo Líbio.
           
Diferentemente do que acontece em outras ditaduras do Oriente Médio, apoiadas pelos EUA onde a população foi para as ruas, de forma pacífica, reivindicar direitos políticos básicos, como votar e ser votado,  na Líbia os "manifestantes" estão armados até os dentes travando uma guerra civil com o suspeito apoio externo para derrubar o ditador Kadafhi.

A diferença é que as ditaduras aliadas da força de coalizão são donas das reservas  de petróleo controladas pelos EUA.  Enquanto Kadafhi era um aliado muito "intempestivo" e "independente", e, portanto, descartável.

De tudo, fica claro que  o confronto na Libia entre Obama e Kadafhi é a briga do sujo contra o mal lavado.  Nas mãos  de ambos  são bem visíveis as manchas de sangue e petróleo.



terça-feira, março 22, 2011

PLANETA AGUA

                                              ANJOS DO MAR 


PLANETA PETRÓLEO
          DEMONIOS DA TERRA
  

PLANETA AGUA

PLANETA AGUA

PLANETA AGUA

   Água que nasce na fonte serena do mundo
   E que abre o profundo grotão
   Água que faz inocente riacho e deságua
   Na corrente do ribeirão
   Águas escuras dos rios 
   Que levam a fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias
E matam a sede da população
Águas que caem das pedras
No véu das cascatas ronco de trovão
E depois dormem tranquilas
No leito dos lagos, no leito dos lagos

Água dos igarapés onde Iara mãe d'água
É misteriosa canção
Água que o sol evapora
pro céu vai embora
Virar nuvens de algodão
Gotas de água da chuva
Alegre arco-íris sobre a plantação
Gotas de água da chuva
Tão tristes são lágrimas na inundação

Águas que movem moinhos
São as mesmas águas
Que encharcam o chão
E sempre voltam humildes
Pro fundo da terra, pro fundo da terra
Terra planeta água... terra planeta água
Terra planeta água.

GUILHERME ARANTES