quarta-feira, abril 13, 2011

Wike Leaks: Veja semeia ódio religioso orientada pela Embaixada dos EUA


Reproduzo teor de matéria publicada no Blog do jornalista Paulo Henrique Amorim revelando que o site Wiki Leaks divulgou documento da embaixada dos EUA que aponta como estratégia de ação diplomática uma campanha para difamar as religiões para justificar a criação de uma legislação "anti-terror no Brasil". A matéria do jornalista é inquietante porque levante dúvidas sobre as verdadeiras razões do assassino de Realengo e quem de fato está por trás dele.  A série de  coincidencias que se iniciam com uma edição da "Veja" afirmando existir uma, até então inimaginável , "Rede de Terror no Brasil" uma semana antes do massacre das crianças , a divulgação de "cartas' e "textos" que teriam sido escritas pelo assassino,cuja autenticidade não tinha sido periciada pelos institutos de criminalística, a queda de braço nos bastidores entre a policia do Estado do Rio de Janeiro  e alguns órgãos de imprensa,onde constantemente a primeira tem desmentido noticias publicadas pela segunda, dão sinais de divergencia e de que há algo de muito mais podre no ar que não pode ser enterrado com os corpos das crianças assassinadas. A policia precisa ter serenidade e isenção para investigar fatos intrigantes que dissecados podem levar á uma supreendente resposta sobre a natureza desta barbárie.


Telegrama de 2009 da embaixada dos EUA no Brasil e vazado pelo Wike Leaks e as manchetes de alguns dos princiáis veículos da velha mídia brasileira. Veja só que coincidência:


“Wiki Leaks: a difamação de religiões como estratégia diplomática


Estratégia dos EUA para engajar o Brasil na difamação de religiões( leia-se Islã)


Viewing cable 09BRASILIA1435 –http://213.251.145.96/cable/2009/12/09BRASILIA1435.html



CONFIDENTIAL – Embassy Brasilia


Excerto do item CONFIDENCIAL do telegrama 09BRASILIA1435


A íntegra do telegrama não está disponível.


Tradução de trabalho.


ASSUNTO:


Estratégia para Engajar o Brasil na “Difamação de Religiões”[1]


1. (C) RESUMO: A posição do Brasil na questão da “difamação de religiões” na comissão de Direitos Humanos da ONU reflete a conciliação entre as objeções do país à ideia (objeções baseadas num conceito do que sejam Direitos Humanos) e o desejo de não antagonizar os países da Organisation of the Islamic Conference (OIC) com os quais tenta construir relações e que o Brasil vê como importante conjunto de votos a favor de o Brasil conseguir assento permanente no CSONU. À luz da argumentação a favor da abstenção do Brasil, proponho abordagem de quatro braços, envolvendo aproximação com os altos escalões do Ministério de Relações Exteriores; uma visita a Brasília, para pesquisar meios de trabalhar com o governo do Brasil, nessa e noutras questões de direitos humanos; outros governos que possam conversar com o governo do Brasil;
e uma campanha mais intensa pela mídia e mobilizando comunidades religiosas a favor de não se punir quem difame religiões . FIM DO RESUMO.


Aumentar a atividade pela mídia e o alcance das comunidades religiosas parceiras: Até agora, nenhum grupo religioso no Brasil assumiu a defesa da difamação de religiões. Mas o Brasil é sociedade multirreligiosa e multiétnica, que valoriza a liberdade de religião. "Um esforço para difundir a consciência sobre os danos que podem advir de se proibir a difamação das religiões pode render bons dividendos. Grandes veículos de imprensa, como O Estado de S. Paulo e O Globo, além da revista Veja, podem dedicar-se a informar sobre os riscos que podem advir de punir-se quem difame religiões, sobretudo entre a elite do país".

Essa embaixada tem obtido significativo sucesso em plantar entrevistas encomendadas a jornalistas, com altos funcionários do governo dos EUA e intelectuais respeitados. Visitas ao Brasil, de altos funcionários do governo dos EUA seriam excelente oportunidade para pautar a questão para a imprensa brasileira. Outra vez, especialistas e funcionários de outros governos e países que apóiem nossa posição a favor de não se punir quem difame religiões garantiriam importante ímpeto aos nossos esforços.

Essa campanha também deve ser orientada às comunidades religiosas que parecem ter influência sobre o governo do Brasil, quando se opuseram à visita ao Brasil do presidente Ahmadinejad do Irã, em novembro. Particularmente os Bahab e a comunidade judaica, expandidos para incluir católicos e evangélicos e até grupos indígenas e muçulmanos moderados interessados em proteger quem difame religiões[sic]. [assina] KUBISKE


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ABAIXO SÉRIE DE REPORTAGENS SEGUINDO "SCRIPT" ESCRITO PELA EMBAIXADA DOS EUA NO BRASIL

AGENCIA REUTERS REVELA DESAPROVAÇÃO DA LIVRE EXPRESSÃO.
[1] Há matéria da Reuters sobre o assunto, de seis meses antes desse telegrama, em http://www.reuters.com/article/2009/03/26/us-religion-defamation-idUSTRE52P60220090326, em que se lê: “Um fórum da ONU aprovou ontem resolução que condena a “difamação de religiões” como violação de direitos humanos, apesar das muitas preocupações de que a condenação possa ajudar a defesa da livre expressão em países muçulmanos (sic)” [NTs].


1 – Folha de São Paulo:

“07/04/2011 – 10h53

Irmã de atirador diz que ele era ligado ao Islamismo e não saía muito de casa; ele deixou carta suicida


http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/04/07/irma-de-atirador-diz-que-ele-era-ligado-ao-islamismo-e-nao-saia-muito-de-casa-ele-deixou-carta-suicida.jhtm


2 – Jornal Extra das Organizações Globo:

“07/04/2011 às 11:24Atualizado em 07/04/2011 às 11:37


Autor do massacre em escola de Realengo se interessava por assuntos ligados ao terrorismo

Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, identificado pela polícia como o autor do massacre na Escola Municipal Tasso de Silveira, em Realengo, estava com uma carta suicida, que falava sobre islamismo e terrorismo. O assunto interessava ao assassino, que estudou na escola.


http://extra.globo.com/casos-de-policia/autor-do-massacre-em-escola-de-realengo-se-interessava-por-assuntos-ligados-ao-terrorismo-1525139.html


3 – Colunas Época/O Globo:

“Homem entra em escola e atira em alunos no Rio de Janeiro

10:53 AM, ABRIL 7, 2011


Segundo a Globo News, a polícia informou que a carta “tinha referências à religião muçulmana”. O site do jornal O Globo cita entrevista do comandante do 14º Batalhão da PM, Djalma Beltrame, à Band News, que afirmou que o conteúdo da carta teria “características fundamentalistas”. “Ele entrava na internet para ter acesso a coisas que não fazem parte do nosso povo. É um louco. Só uma pessoa alucinada poderia fazer isso com crianças”, disse.

http://colunas.epoca.globo.com/falabrasil/2011/04/07/homem-entra-em-escola-e-atira-em-alunos-no-rio-de-janeiro/


4 – Jornal O Globo:

“Publicada em 07/04/2011 às 12h20m

MASSACRE NO COLÉGIO

Atirador que invadiu escola municipal em Realengo é identificado

Beltrame acrescentou, inclusive, que Wellington costumava entrar em sites de cunho fundamentalista.


http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/04/07/atirador-que-invadiu-escola-municipal-em-realengo-identificado-924179565.asp


5 – E o pastor Marco Feliciano, o mesmo que disse que africanos são homossexuais, tenta tirar proveito da tragédia:

“Profecia: Ataque nas escolas. Leia na integra:

http://www.marcofeliciano.com.br/site/?page=materia&MA_ID_MOD=1172

10 minutes ago via web


marcofeliciano – Pr. Marco Feliciano”


http://twitter.com/marcofeliciano/status/56012339455070209


Precisamos refletir até onde a campanha contra os islamicos se resume apenas divulgar boatos e até onde os interesses escusos de grupos obscuros e objetivos muito claros que querem semear o ódio religioso no Brasil são capazes de ir além da criação de boatos e  praticar atos para justificar a demonização do Islã no Brasil.







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