ABUTRES TRANSFORMAM CADAVERES DAS CRIANÇAS DE REALENGO EM PALANQUE PARA FAZEREM DISCURSO DO ÓDIO E DO SECTARISMO RELIGIOSO

Ficamos presos no pesadelo da ignomínia, que nos fez tão próximos do pavor daquelas crianças sentindo a dor de seus pais, porque também temos filhos,e ao mesmo tempo ,tão distantes,pela humilhante impotência, de quem não estava lá perto para ajudar, fazer algo, evitar a crueldade injustificavel   e sem explicação. Encontramos,ainda,quem de forma patética, tenta nos lembrar que não somos animais,somos civilizados e vão apalpando  fatos, garimpando fragmentos de argumentos frágeis na tentativa de construir uma pálida compreensão de um ato que desampara a civilização humana. Mas as teses não existem. Nem explicações,teorias,justificativas, nem a compreensão.   Não existem.  Fomos pegos de surpresa. Este foi o dia em que a espécie humana foi derrotada pela barbárie,pela covardia e pela estupidez.  

Só existe dor, voz embargada e um nó na garganta que já não consegue conter as lágrimas diante da televisão, toda vez que são mostradas as cenas de violência desmedida contra crianças indefesas, cheias de graça, sonhos e de planos interrompidos justamente onde construíam seu futuro: Na sala de aula. Dentro da escola.

Antes de nos livrar-mos da paralisia causada  pela perplexidade diante desta impensável bárbarie, nossa condição humana é aviltada mais uma vez. Antes de absorvermos o golpe que matou 12 crianças e feriu 190 milhões de brasileiros, somos atacados de forma vil,insana, pelos oportunistas que estão usando os cadáveres das crianças de Realengo, como um palanque, para fazer discursos que semeiam o ódio religioso.

Os chacais não dormem, não choram,não sentem, não se comovem estão sempre á espreita e sorriem diante do desespero humano que lhes dá oportunidade de alcançar seus objetivos mais infames. 

É o que estão fazendo diante de nossa fragilidade e comoção. Tentam furtar nossa razão para nos convencer que o covarde massacre de crianças dentro de uma escola foi fanatismo religioso. Enquanto cidadãos e autoridades de bem e boa fé  não conseguem explicação para o inexplicável,oportunistas  estampam suas versões de acordo com seus interesses menores,carimbando a tragédia com a marca da religião que lhes convém rotular. Tentam extrair na esteira da dor e  sofrimento causado pelo massacre de nossas crianças, as vantagens que precisam para disseminar o ódio e roubar-nos nossa identidade nacional construída com o grande mosaico de raças,religiões e culturas oriundas de todas as nações do mundo.  De forma leviana,antes de um trabalho pericial  necessário á uma investigação séria sobre este dia de cão em nossas vidas, os abutres,hienas, empunharam   uma carta que teria sido escrita pelo atirador para difundir na mídia que este crime hediondo era obra do "fanatismo muçulmano".

Weelington, o covarde matador de crianças ,morreu, mas deixou entre nós, cumplices de sua insanidade, como a revista "Veja", para semearam a intolerância e o sectarismo religioso  irrigado pelo sangue de suas vítimas,  pequenos brasileirinhos de uma nação que sempre cultivou o respeito á diversidade e ás diferenças   transformando o Brasil em berço contemporaneo de todas as civilizações.

A carta divulgada pela imprensa que não teve sua autenticidade comprovada pela perícia técnica do Instituto de Criminalística Carlos Ébole, porque não houve tempo para perícia-la,revela a face de um autor muito bem informado apesar de atormentado e confuso. Em um trecho pede para que Jesus o receba no céu  revelando um lado Cristão.   Em outro trecho fala em ser enterrado com o corpo nú em um lençol branco depois de ter seu corpo lavado,um ritual dos funerais Islâmicos. Pessoas que conheciam a besta humana disseram  que ele adotou o uso de trajes pretos e uma barba longa principal caracteristica visual dos Judeus Ortodoxos. Ainda a vilania apontou seus dedos para as Testemunha de Jeová. 

De qualquer forma o Judaísmo,o Cristianismo e o Islamismo tem suas raízes no Velho Testamento e na Tábua de Moisés  onde o primeiro dos dez mandamentos é "NÃO MATARÁS". Quem mata em nome de Deus está negando-o em sua religião. Quem simplesmente mata, nega sua espécie. Quem mata é assassino,criminoso e tem que ser tratado pelas leis da sociedade. Deus não tem nada a ver com isso. Só no dia do juízo final onde cobrará aos seus fiéis pelos pecados cometidos.

Enquanto choramos nossas crianças mortas por um ignóbil animal que importou dos EUA  o que há de pior em termos de crime contra a vida, grupos que se escondem  atrás de veículos de informação, tentam importar e incitar  sectarismo e o ódio religioso no Brasil, como é o caso da revista "Veja", para atender interesses obscuros e inconfessáveis,sem medir as consequencias do mal que isto faz a qualquer sociedade civilizada. São os ""Wellintons" usando como arma os meios de comunicação para atingir 190 milhões de brasileiros.

O Brasil despertará deste pesadelo cujas imagens servirão para lembrar que,ainda existe muito por fazer pela paz e pela segurança das novas gerações.
Inclusive protege-las de todas as formas de intolerancia.