A edição da revista "Veja" do dia 13 de abril na página "carta ao leitor" faz defesa de sua postura editorial, que impressiona, mais pela arrogante demonstração de seu poder do que pelo conteúdo de suas explicações. Com título "uma audiência planetária" a "Veja" diz a este humilde "meteorito-blogueiro" que vos escreve, como será árdua a tarefa de fazer suas opiniões serem consideradas na atmosfera galáctica de quem "entrevistou Barack Obama e Nicolas Sarkozy". Mesmo assim, continuarei meu pretensioso monólogo com a revista da editora Abril. Não espero reconhecimento ás críticas e entendo a falta de menção, lembrança, referência ou qualquer traço que atribua importância á minha indignação. Sou pretensioso, mas não a ponto de contar com a lembrança de quem "tem suas noticias, postas a girar na corrente mundial de informação da internet por agências especializadas como Bloomberg e Reuters". Poderoooosa!! Nunca tive dúvida, não precisava exibir os musculos que possui nos meios midiáticos e políticos globais. Nunca neguei este poder, ao contrário, é exatamente a forma de usa-lo que me incomoda lembrando que, poder e honestidade não são sinônimos. Força e inteligência muitas vezes são incompatíveis e podem ser usados para o bem e o mal. O texto arrogante da revista, no entanto, empaca no enorme buraco ético deixado pela desonestidade intelectual impressa em algumas matérias. "Veja" usa estrutura midiática para desinformar e semear ódio contra a religião islâmica, recorrendo ás mentiras e aos boatos para alcançar seus objetivos. O repúdio deste esquálido blog é contra toda e qualquer forma de intolerância, inclusive esta, praticada de forma dissimulada.
Seguindo princípio editorial, que ninguém é tão poderoso que não possa ler, nem tão minúsculo que não possa ser lido, manifestei minha opinião com base em registros históricos e reportagens que fizeram a revista alvo de campanhas, movidas por vários setores da sociedade civil organizada, que a acusam de mentirosa. Resta aos leitores, independentemente do tamanho de quem escreve, o direito de buscar a verdade. Depois de exibir sua condição "planetária' a revista não pode, nem ao menos, alegar ignorância e desconhecimento histórico, para justificar a veiculação de informações, cujo objetivo final é a "satanização do islã" aos olhos da sociedade brasileira.
Seguindo princípio editorial, que ninguém é tão poderoso que não possa ler, nem tão minúsculo que não possa ser lido, manifestei minha opinião com base em registros históricos e reportagens que fizeram a revista alvo de campanhas, movidas por vários setores da sociedade civil organizada, que a acusam de mentirosa. Resta aos leitores, independentemente do tamanho de quem escreve, o direito de buscar a verdade. Depois de exibir sua condição "planetária' a revista não pode, nem ao menos, alegar ignorância e desconhecimento histórico, para justificar a veiculação de informações, cujo objetivo final é a "satanização do islã" aos olhos da sociedade brasileira.
Imprensa na "Guerra dos mundos" |
Orson Welles: "Pegadinha" na rádio |
Quais as semelhanças da transmissão de Orson Welles em 1938 e a matéria da "Veja" em 2011? As duas difundiram o medo e tiveram grande repercussão. Já as diferenças são maiores: enquanto a primeira era brincadeira, uma espécie de "pegadinha coletiva" em tempos de inocência americana, a segunda se presta a um projeto não tão engraçado, nem tão inocente, visando criar na sociedade brasileira um clima de terror e a importação da legislação "anti-terror" dos EUA. Não é de ontem, que grupos corporativos econômicos com sede em território americano defendem uma legislação especifica para o combate ao terror onde ele nunca existiu: no Brasil. Então é preciso criá-lo para justificar uma lei que o combata. Todos os países donos de reservas petrolíferas do tamanho das descobertas na camada do pré-sal, com exceção do Irã e Venezuela, importaram pacote do Pentágono com "leis anti-terror", recebendo como acessórios "assessoria técnica", serviços de inteligencia e investigação do FBI e da CIA e de brinde a instalação de bases militares do exercito dos EUA para "garantir a segurança" das refinarias de petróleo. Só perderam a soberania. Nesta "cruzada", que não tem nada de religiosa, apesar de nossas orações , "Veja" tenta criar medo em seus leitores para alimentar setores da elite brasileira que pregam a criação de uma legislação "anti-terror". É claro que a Comissão de Relações Exteriores de Defesa da Segurança Nacional vai pular dentro das páginas de revista "Veja" para tentar tirar seus Deputados das dificuldades do anonimato de uma comissão que só terá visibilidade quando houver ameaça a segurança do país. Seja ela real ou imaginária.
Argumentos para criar um clima de terror não faltam. Vão da segurança da Copa do Mundo em 2014, Olimpíadas em 2016 e até o massacre na escola Tasso Silveira em Realengo onde os cadaveres das crianças da escola municipal tem servido de palanque aos que tentam semear o sectarismo religiosos em nosso país.
Este cenário coloca o Brasil no alvo do terror,sim, mas devemos analisar as impressões digitais e o brilho nos olhos de quem terá lucro com o resultado final de qualquer ato que crie medo e terror capaz de manipular sentimentos de vingança que autorizem os EUA a "emprestar" sua experiencia no assunto. Principalmente "protegendo" nossas riquezas naturais. Estamos assistindo o mesmo roteiro de um filme que passou em outros países. Árabia Saudita,Emirados Árabes, Qatar e Barhein, são nações hoje "protegidas" com "leis anti-terror" e tem em seus territórios bases militares americanas, depois de terem sido "ameaçados por terroristas". Grupos de interesses estrangeiros agradecem. Ao disseminar o medo pela existência de "uma rede de terror no Brasil" a revista "veja" lança suspeitas e desconfianças sobre qualquer nome árabe o islâmico no Brasil. É mais fácil associar este povo e esta religião ao terrorismo do que terrorismo com índios pataxós ou freiras franciscanas. Orson Welles fez escola ao descobrir, com uma brincadeira radiofônica, o poder midiático de controlar pelo medo ou pelo terror as reações da multidão diante de perigos imaginários. Mas foi precedido por Maquiavel, que ensinava em seu livro "O Principe" as duas formas de um governante impor autoridade : pelo respeito ou pelo terror. A midia é o instrumento mais poderoso do planeta e faz parte do principal arsenal de guerra na defesa de interesses corporativos políticos e economicos no mundo. É o "terrorismo midiático"
Manipulação das massas |
Outra grande diferença entre a "Veja" e Orson Welles é que o radialista e cineasta escreveu e roteirizou um documentário denunciando o poder de manipulação das massas exercido por um órgão de imprensa que ficou mundialmente conhecido como "Cidadão Kayne", enquanto "Veja" prosperou nesta arte da manipulação da opinião pública para atender corporações economicas estrangeiras em território nacional, ganhando como recompensa o "status' que arrota em sua carta ao leitor. Para a revista "Veja' o interesse nacional fica para depois.
Olho vivo na "Veja" |
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