Tenho alimentado minha fome de conhecimento com informações plantadas pela grande mídia. Afinal de contas é ela que conheçe e publica a opinião dos “especialistas” sobre a cachaça que eu tomo muito embora eles desconheçam os tombos que eu levo. Mas o que fazer ? Toda vez que alguem publica a “opinião de um especialista” acaba “encerrando o assunto” e aqui no andar de baixo,onde eu vivo sem a roupa academica e o título de “Honoris Causa” me calo diante das magníficas teses que discorrem sobre minha dor ,meus medos e meus desejos mais sórdidos. E calado, vou ficando, para limpar minhas feridas convencido pelos academicos de que elas não provocam dor no corpo de um ébrio contumaz. A realidade que conhecemos muitas vezes tem sério problema ao se defrontar com a teoria, sai na pior , porque é sempre a pompa da tese a vencedora do embate. Mesmo quando a tese perde força diante da inflexibilidade dos fatos surgem verdadeirtos tratados da semântica ,como por exemplo, tudo é “uma questão de contextualização histórica”, frase que amplia de forma inesgotável toda flexibilidade da teoria que nos leva para o campo da conotação,da retórica e das conjecturas de nosso imaginário. Se houve um tempo em que imperava a ditadura militar hoje impera “a ditadura da informação” e o “monopólio da verdade e do conhecimento” que como qualquer produto de luxo exclusivo de classes mais privilegiadas é ostentado com orgulho pelas elites ( intelectuais, economicas, artisticas e politicas) sua condição até descobrirem que qualquer catedrático, phd, o honoris causa ao naufragar em um rio e não souber nadar morrerá afogado levando para o fundo sombrio o seu “conhecimento” que naquele momento lhe foi inutil. Mas é o velho do rio ,analfabeto que mergulhará tirando-o de seu pesadelo e da sua “ignorancia prática” . É por isso que os “especialistas” vivem tão longe dos fatos e tão perto das teses. É por este e outros delírios de um bebado equilibrista companheiro do personagem de Aldir Blanc imortalizado pela pequena notável é que tenho sonhado com a democratização da democracia ,da informação e do conhecimento tanto do andar de cima como do andar de baixo.
Aqui a nossa vantagem é que podemos pecar há vontade nos crimes contra lingua portuguesa matando a concordância gramatical porque afinal de contas não somos academicos nem jornalistas.
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