segunda-feira, abril 11, 2011

PRONTO AGORA ACHARAM UM "ABDUL" PARA SER AMIGO DA BESTA HUMANA


 Não bastasse a indignação e a perplexidade diante de tanta crueldade no massacre das crianças de Realengo, agora tenho que suportar comentários e  piadas de mau gosto, reflexo das "ultimas revelações"  da imprensa.  Depois de apontarem o dedo para as Testemunhas de Jeová, Judeus Ortodoxos, muçulmanos,  bulling e AIDS alguns setores da imprensa sacaram dos rascunhos escritos pelo assassino de Realengo, um amigo com o nome de "Abdul".  Divulgadas pelo programa "Fantástico" e repercutida por alguns jornais no dia seguinte, as noticias vão disparando constrangedoras suspeitas em sua ensandecida  procura por alguem a ser linchado.   Agora, todos os Abdul's brasileiros ou não, inclusive este blogueiro que lhes escreve , serão vítimas de gozação macabra, suspeita velada e comentários malsinados.  A irresponsabilidade da turba jornalistica alinhada com os objetivos da revista "Veja" na obcecada missão de  satanizar os muçulmanos no Brasil, se apressa em divulgar noticias que a policia tem constantemente desmentido.  A elite jornalística lança mão de "factóides midíaticos" na tentativa de monopolizar o pensamento nacional pela ditadura da informação, manipulando conteúdos que vão semeando medo e insegurança.   As matérias seletivas, aos poucos, foram esquecendo o lado cristão, revelado na carta de Welllinton, e Judeu Ortodoxo apontado por pessoas que o conheciam para  carimbar a marca de outras religiões.

As Testemunhas de Jeová e os  "Abdul's são "a bola da vez" estão na pauda das redações. É fácil entender a escolha do nome Abdul. É um nome islâmico que traduzido para o portugues significar "Servo de Deus".  A partir das "descobertas" da revista "Veja", o nome está irremediavelmente associado ao terrorismo.   Sou um destes "Abdul's, o único de Duque de Caxias, cidade de um milhão de habitantes.   Pessoas que fazem parte de meu círculo de amizade,  vencendo a indignação diante da covardia, acharão graça e até arriscarão uma piada.   Mas quem conhece apenas o nome Abdul tecerá outros raciocinios menos inofensivos estimulados pela insegurança e pela desinformação. Foi assim que uma turba depredou e pichou a casa de uma irmã do assassino, que nada tinha a ver com a sua demencia.
Parece que a imprensa tenta pautar o trabalho investigativo da policia, desrespeitando  detalhes e 
nuances técnicas necessários para uma investigação séria capaz de apurar todos os fatos que envolvem o crime. A todo momento a policia vem a público desmentir informações veículadas pela "Veja" que esta pautando o resto da imprensa, que por sua vez, em tempos de barbárie ficou marron.   Abdul é um nome raro no Brasil, mas no Oriente Médio, em boa parte da Asia e na Africa é mais comum que Severino e José no nordeste brasileiro ou Manuel e Joaquim em Portugal..  Se considerarmos que o nome de mais da metada dos  2 bilhões de muçulmanos no mundo começam com Abdul Nasser, Abdul Rahmen, Abdul Majid, Abdul Salam, Abdul Satar,  Abdul Ganem, Abdul...e por aí vai , não será difícil imaginar a tarefa que a policia terá para achar o Abdul da "moda".   Imagino que a investigação estabelecerá critérios técnicos para saber qual dos mais de um bilhão de Abdul's do planeta que a Policia Federal da revista "Veja" começará a investigar. Bem como eu sou o único Abdul da minha cidade, fiz criticas á "Veja" e denunciei uma amiga da presidente Dilma Roussef por fraude...já estou preparando o café , encomendando uns kibes e mandando as crianças para casa da titia. Afinal Abdul não se encontra assim...em qualquer lugar. Só em Saracuruna. De qualquer forma o objetivo de colaborar com a investigação midiática estou estampando neste blog o retrato de alguns Abdul's que por carregarem este nome passam a integrar a lista de suspeitos de serem o personagem da carta descoberta pela criteriosa investigação da revista Veja.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Todos comentários serão publicados após moderação se não contiverem conteúdos ofensivos ou que estimulem qualquer forma de intolerancia.