Análise superficial da estrutura de cálculo na composição dos preços dos créditos de carbono no mercado internacional, projeta uma arrecadação mínima de U$ 350 milhões podendo ultrapassar U$ 1 bilhão, com o fechamento do aterro de Jardim Gramacho.
O mercado de crédito de carbono funciona sob as regras do Protocolo de Quioto flexibilizando conceitos que auxiliem a redução das emissões de gases do efeito estufa. Dois mecanismos, MDL ( Mecanismo de Desenvolvimento Limpo ) e (MEC) Mercado de Emissões de Carbono permitem a um projeto que tenha reduzido suas emissões a níveis abaixo da meta possa vender esse “excesso”.
Os RCE's (Certificados de Redução de Emissão) conhecidos como créditos de carbono funcionam como uma espécie de "títulos", certificados de emissão de gases do efeito estufa ( são 6) , chancelados por agencias especializadas credenciadas pela ONU, e comercializados em bolsas de valores, fundos ou através de 'brokers". Os compradores são empresas ou governos de países desenvolvidos que precisam alcançar metas (instituídas pelo Protocolo de Quioto duarente a Eco-92) de redução destas emissões, e os vendedores são diversificados dependendo do país de origem do projeto. O "produto" é medido por tonelada de dióxido de carbono reduzida. A compra e venda de créditos se dá a partir de projetos ligados a reflorestamentos, ao desenvolvimento de energias alternativas, eficiência energética e controle de emissões como é o caso do fechamento do aterro do Jardim Gramacho.
O encerramento das atividades do maior lixão da América do Sul, localizado em Duque de Caxias, vai eliminar a emissão de 75 milhões de toneladas de gás metano nos próximos 15 anos ( fonte: Nova Gramacho Engenharia Ambiental). Como o metano é 21 vezes mais pesado que o gás carbônico o fim de sua emissão vale mais no mercado e vai gerar milhões de dólares de arrecadação. Para se ter uma ideia do que podem representar estes valores abaixo apresento uma tabela dos preços oferecidos pelos países desenvolvidos por toneladas ( 2008/2010):
Japão...............................................US$ 584 União Européia.......................US$ 273
Estados Unidos...............................US$ 186 * Por tonelada de carbono dependendo das características do projeto.
De 2008 a 2010 foram negociados US$ 160 bilhões com créditos de carbono no mercado internacional. A partir de 2007 a prefeitura de São Paulo realizou vários leilões e já arrecadou mais de R$ 75 milhões com a captação do gás metano, que era emitido pelo Aterro Bandeirantes. No primeiro leilão o preço apurado com a venda do CO² foi de 16,20 Euros a tonelada. Bandeirantes recebia metade dos despejos do aterro de Jardim Gramacho.
No Brasil , segundo a empresa especializada Ecosecurities, o preço mínimo praticado por tonelada é de US$ 5 dólares, em função dos riscos de não execução dos projetos propostos e certificados. O processo de certificação do fim das emissões de Jardim Gramacho está em curso e é irreversível.
Ainda que, usando o pior dos cenários, fossem arrecadados apenas 5 dólares por tonelada (Bolsa de São Paulo), teríamos (75 milhões x 5) US$ 37.5 milhões de dólares convertidos para o real chegam a mais de 700 milhões. Este dinheiro pertence á população de Duque de Caxias, já que o passivo ambiental ocorreu em nosso território e a área é terra da União, cuja reivindicação da propriedade pela COMLURB é questionada judicialmente.
O município é protagonista deste projeto. Com 700 milhões construiríamos 20 hospitais idênticos ao Moacir do Carmo, ou 150 escolas para atender mais de 65 mil alunos, ou 300 creches, ou 100 postos de saúde.
Ainda que, usando o pior dos cenários, fossem arrecadados apenas 5 dólares por tonelada (Bolsa de São Paulo), teríamos (75 milhões x 5) US$ 37.5 milhões de dólares convertidos para o real chegam a mais de 700 milhões. Este dinheiro pertence á população de Duque de Caxias, já que o passivo ambiental ocorreu em nosso território e a área é terra da União, cuja reivindicação da propriedade pela COMLURB é questionada judicialmente.
O município é protagonista deste projeto. Com 700 milhões construiríamos 20 hospitais idênticos ao Moacir do Carmo, ou 150 escolas para atender mais de 65 mil alunos, ou 300 creches, ou 100 postos de saúde.
É incompreensível que a prefeitura de Duque de Caxias, mergulhada em sua pior crise financeira, com desequilíbrio fiscal e orçamentário e com dificuldades de pagar o salário de R$ 620 a um gari para varrer uma rua, abra mão de um direito, sem brigar, sem questionar e sem se mobilizar para reivindicar um inalienável direito sobre 700 milhões de reais.
O repasse deste dinheiro fará justiça aos moradores do entorno do lixão, vítimas do arbítrio que degradou o bairro com a circulação de mais de 300 carretas. O intenso e sistemático fluxo diária de veículos pesados por mais de 30 anos, na Av. Monte Castelo e adjacências, deixou um trágico saldo de mortes por atropelamento e altos níveis de doenças respiratórias e infecto-contagiosas nas crianças, rachaduras nas paredes das casas e do comércio e a mais emblemática degradação ambiental do último século na América Latina. A "cultura do lixo" estimulou a criação de mais de 200 "aterrinhos" clandestinos que continuam funcionando a pleno vapor, provocando danos ambientais até hoje.
O repasse deste dinheiro fará justiça aos moradores do entorno do lixão, vítimas do arbítrio que degradou o bairro com a circulação de mais de 300 carretas. O intenso e sistemático fluxo diária de veículos pesados por mais de 30 anos, na Av. Monte Castelo e adjacências, deixou um trágico saldo de mortes por atropelamento e altos níveis de doenças respiratórias e infecto-contagiosas nas crianças, rachaduras nas paredes das casas e do comércio e a mais emblemática degradação ambiental do último século na América Latina. A "cultura do lixo" estimulou a criação de mais de 200 "aterrinhos" clandestinos que continuam funcionando a pleno vapor, provocando danos ambientais até hoje.
A cidade do Rio de Janeiro, a COMLURB e a empresa Novo Gramacho Engenharia Ambiental dividem, sorrateiramente, "o luxo do espólio" deixado pelo lixo, excluindo de justa reparação os moradores do Jardim Gramacho, maiores vítimas do flagelo que impuseram á cidade de Duque de Caxias.
Enquanto isso, o Secretário Municipal de Meio Ambiente não se recicla, abandona os interesses da população na lixeira, para passar horas intermináveis á frente de um computador se digladiando no Facebook com cidadãos indignados que reclamam do lixo acumulado em suas portas, e, aos quais, acusa de "conspiradores da oposição". Financiado pelo dinheiro do contribuinte.
E o governo municipal? Mantém um silêncio sepucral.
Abdul Haikal- Diretor da empresa Gestão Energética (energias renováveis) foi vereador constituinte(1988/1992), criador da Taxa de Recomposição Ambiental na Lei Orgânica e Secretario de Transportes de Duque de Caxias
Abdul Haikal- Diretor da empresa Gestão Energética (energias renováveis) foi vereador constituinte(1988/1992), criador da Taxa de Recomposição Ambiental na Lei Orgânica e Secretario de Transportes de Duque de Caxias
Além disso tudo, ainda tem uma denúncia séria de uma internauta de nome Irani Cardoso sobre suposta corrupção envonvendo o secretário de meio ambiente Samuel Maia, a locanty envolvida em diversos escândalos e o prefeito é omisso e faz vista grassa a isso tudo.
ResponderExcluirObrigado por sua participação e seu comentário, CAXIASNET. Acho a denuncia da maior gravidade pelo fato da denunciante ter se identificado. Ao Secretário resta responder a denuncia de assumir os crimes pelo silencio.
ExcluirAguardando Mussa Haikal
ResponderExcluirÉ necessário que todos os cidadãos caxienses saibam dessas atitudes inaceitáveis de nossos administradores,faço minha parte ao compartilhar nas redes sociais o que acredito ser importante e coloco-me a disposição para ajudar no que for necessário!Acorda Caxias!!! Parabéns pelo texto,mais uma vez essencial!
ResponderExcluirDayse Alves.
Dayse,
ExcluirObrigado por sua participação e comentário. De fato é relevante divulgar esta noticia já que a opinião pública pode pressionar o governo a assumir suas responsabilidades com a cidade. Só quem pode reivindicar direitos sobre os créditos de carbono é a prefeitura através da Procuradoria Geral do Município.
Muito importante que venha ao conhecimento do povo caxiense esta total falta de responsabilidade deste prefeito que faz uma administração incompetente! Principalmente por ser um ano eleitoral e o povo não deve reeleger políticos desse nível! Parabéns pelo texto!
ResponderExcluirUm absurdo tudo isso,Duque de Caxias um dos maoires municipio do Brasil ,viver neste estado de calamidade que se encontra,muito lixo na rua,Mergulhao mergulhado em agua, e a velha obra da Kennedy que nunca sai, em relaçao ao texto em si eu ja tinha escutado voce falar disso pessoalmente,antes mesmo da campanha eleitoral começar, eh pura incompentencia dos governantes deste distinto municio,por isso precisamos de pessoas idoneas para ocupar os cargos publicos.
ResponderExcluirNa boa qual dos atuais candidatos podem falar do propblema do lixo em D. Caxias. Zito prefeito atual, já governou a cidade por duas outras vezes e só viveu da arrecadação não procurou fazer um nosso próprio usina de reciclagem. O Batoré foi prefeito antes desse novo mandato do Zito e deputado Federal é pelo lixo deve tger compactuado com pessoal do partido dele que domina o Estado para fechar essa porcaria do lixão no ano eleitortal. Dica deputado estadual o que ele pediu pelo lixão de Caxias, Samuquinha deputado estadual o que ele pediu?? E o dono deste Jornal Alexandre Cardoso como deputado Federal deve ter atrapalhado as negociações para tentar se beneficiar do caos. Pessoal o povo não é bobo conhece todos os candidatos Agora ficar enchendo linguiça não adianta o povo vai dar um basta em todos juntos até por que vira e mexe estão todos juntos, nossa memória não é tão fraca assm. Quem não tem Moral para falar de Lixão é porque é igual um verdadeiro LIxo.
ResponderExcluirParabéns pela matéria e se me permitir quero posta-la em meu Facebook (dando os créditos do autor claro), pois o povo precisa entender o que se passa no município. A única dúvida que fico sobre o problema é: Caxias não lutou pelo dinheiro por incapacidade da gestão, ou por um "apaziguador" montante recebido escusa-mente.Infelizmente acho que esta minha dúvida não será sanada, tendo em vista já termos visto provas de não arrecadamento de valores por falta de capacidade de pessoal (Infelizmente o município está sendo gerido por "levantadores de bandeiras" e não por colaboradores qualificados)e em mesmo grau por propinas e "cala-boca". Mais uma vez parabéns pela brilhante matéria.
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